Diretoria do Fórum da Baixada

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Audiência Assembleia Legislativa

sábado, 20 de agosto de 2011

Embargo da Prefeitura de São Luís atrasou obra da UPA Cidade Operária em um ano

Documentos expedidos pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh) comprovam que a Prefeitura de São Luís, sob a gestão do prefeito João Castelo (PSDB), atrasou por um ano a obra de reforma do PAM Cidade Operária, que voltará a funcionar em breve como Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas. Mas quando esteve vistoriando o prédio este mês, a deputada Gardênia Castelo (PSDB), filha do prefeito, criticou o atraso no cronograma da obra.
Domcumento da prefeitura que embargou a obra durante um ano
A obra teve o seu cronograma de serviços atrasado devido a um embargo da Semurh, além do atraso de um ano na expedição do Alvará de Reforma e Ampliação solicitado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) à Prefeitura de São Luís para reformar o prédio.
De acordo com documentos da própria Semurh, o órgão notificou a construtora responsável pela obra no dia 10 de março de 2010, alegando falta do alvará de construção. Representantes da SES compareceram no mesmo dia para dar esclarecimentos e receberam da secretaria municipal um prazo de 20 dias úteis para comprovar que a obra estava de acordo com as exigências legais. Mas esse prazo não foi sequer considerado, já que no mesmo dia a prefeitura expediu o Auto de Infração e Embargo Administrativo de Serviços para paralisar os serviços.
O alvará em questão foi solicitado pela construtora dois dias depois (dentro do prazo dado pela prefeitura) e, apesar da apresentação de todos os documentos solicitados pelo órgão – incluindo certidões de viabilidade da CAEMA e da CEMAR (viabilidade já comprovada, uma vez que no prédio funcionava o antigo PAM) – a Semurh só expediu o alvará no dia 11 de março de 2011, exatamente 1 ano depois da solicitação do documento.
Além da demora na emissão do alvará para ao início das obras da UPA Cidade Operária e do embargo feito no mesmo dia da notificação da secretaria municipal, a Prefeitura de São Luís entrou na justiça contra o Governo do Estado para garantir que a reforma não fosse feita. Alegando a falta da documentação necessária para o prosseguimento da obra (documentos que já estavam em poder da prefeitura), a 4ª Vara da Fazenda Pública de São Luís deferiu a liminar que obrigou a SES a parar a reforma da UPA Cidade Operária.
O Governo do Maranhão entrou com um recurso para cassar essa liminar e provou que a inexistência do alvará se deu porque a prefeitura não concedeu o documento, mesmo com o cumprimento de todas as exigências feitas pela secretaria municipal. Diante desses argumentos, a Justiça estadual liberou a obra.
Como a obra, de acordo com a legislação urbanística de São Luís, só pode ser feita depois que o documento for concedido à construtora, a reforma sofreu um grande atraso.
Apesar da inexplicável demora na expedição do alvará, a SES está concluindo a reforma da unidade de saúde, para melhorar ainda mais o atendimento da população daquela região.

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