O presidente dos EUA foi assassinado em 22 de novembro de 1963. A versão
oficial diz que foi trabalho de um homem só, mas investigações apontam um
complô
1. Kennedy estava na cidade de Dallas para um comício. Do aeroporto,
ele foi direto para uma limusine conversível, acompanhado pela esposa,
Jacqueline, pelo governador do Texas, John Connally, e sua esposa, Nellie, e
também pelo motorista e por um segurança. Às 12h29, a limusine entrou na Praça
Dealey
2. Em 1964, a Comissão Warren, montada para investigar o caso,
concluiu que o presidente foi morto por dois tiros disparados às 12h30 por Lee
Harvey Oswald, assassino que teria agido sozinho. Porém, em 1976, uma
investigação da Comissão Investigadora da Câmara dos Representantes dos EUA
concluiu que o assassinato foi uma ação de Oswald e mais dois atiradores
3. O primeiro atirador estava no 2o andar do prédio
Dal-Tex. O segundo (Oswald), no 6o andar do prédio Texas School
Depository. O terceiro, na área gramada. O primeiro tiro teria atingido JFK
pelas costas e saído pela garganta. O segundo tiro atingiu Connally nas costas,
saiu pelo seu peito e se alojou em sua coxa. Obs.: o tempo indicado na
imagem para cada tiro (em segundos e milissegundos) se refere à minutagem do
vídeo amador que gravou o atentado
4. Os dois próximos tiros ocorreram com apenas um décimo de segundo
entre eles. O terceiro atingiu o presidente na parte de trás da cabeça, saindo
e atingindo o para-brisa. Um fragmento dessa bala ainda atingiu Connally no
pulso direito. O quarto, vindo do gramado, atingiu o presidente no rosto, no
mesmo lugar por onde o terceiro saiu.
5. Kennedy chegou vivo ao hospital, porém foi declarado morto às
13h33. Oswald, visto por testemunhas, foi perseguido e preso às 13h50. Embora a
versão oficial do crime seja a da Comissão Warren, o relatório da Comissão
Investigadora apontou que o assassinato “foi resultado de uma conspiração” e
que “o crime organizado teve participação no processo” (veja os motivos no
boxe)
6. Coube à Máfia a queima de arquivo. Dois dias após ser preso,
acusado pelo homicídio, Oswald foi assassinado na sede da Polícia de Dallas
enquanto era transferido para uma prisão de segurança máxima. No momento em que
era escoltado, ele foi abordado por um atirador, que, em frente às câmeras de
TV, o matou com um revólver
POR QUE ELE FOI ASSASSINADO?
I. VINGANÇA
II. DINHEIRO
Fidel Castro subiu ao poder em 1959 e fechou os cassinos de Cuba, que
eram administrados pela Máfia. Os mafiosos queriam que JFK derrubasse Fidel. No
entanto, após o fracasso da invasão da Baía dos Porcos, em 1961, ele preferiu
diplomacia. A continuidade do regime deixou os mafiosos furiosos
III. POLÍTICA
Outra instituição descontente era a CIA, que queria o cubano fora do
jogo. Os crentes na teoria argumentam que foi a CIA que executou o plano, com a
ajuda da Máfia. A culpa seria – e foi – colocada em um fanático comunista
(Oswald). Tudo isso criaria um cenário propício para uma invasão a Cuba
Por outro lado
O mais provável é
que a conspiração seja verdade
– Jack Ruby, o homem que matou Oswald, disse ter
agido por raiva. Porém o mafioso Sam Giancana contou em biografia que ele mesmo
convocou Ruby para matar Oswald. Ruby já havia prestado serviços à Máfia e
colaborado com a CIA na invasão da Baía dos Porcos
– Sam Giancana também revelou que Oswald trabalhava
para a CIA, foi treinado como espião na União Soviética e tinha ligações com a
Máfia. Quando voltou aos EUA, em 1962, Oswald costumava militar a favor do
regime cubano. Isso seria, na verdade, uma orientação da CIA para pintá-lo como
um comunista fanático
– Apesar das investigações da Comissão Investigadora,
a própria família Kennedy teria pedido para abafar o caso, já que a publicidade
de uma suposta relação com a Máfia poderia prejudicar sua reputação.
– Ainda na década de 1970, o senado norte-americano chegou a ampliar a
investigação e convocou diversos gângsteres para depor. No entanto, nenhum
deles compareceu. Muitos, incluindo Sam Giancana, foram assassinados
– Em 1992, o jornal New York Post afirmou que
mafiosos como Jimmy Hoffa, Santo Trafficante e Carlos Marcello participaram de
tudo. O advogado de Giancana teria repassado a informação do plano a eles
FONTES (Blog Genivaldo Abreu) Relatório
da Comissão Investigadora da Câmara dos Representantes dos EUA, relatório da
Comissão Warren; livros Double Cross: The Explosive Inside Story of the
Mobster Who Controlled America, de Sam Giancana e Chuck Giancana, Bound
by Honor: A Mafioso’s Story, de Bill Bonanno, Honra Teu Pai, de
Gay Talese, e O Irlandês: Os Crimes de Frank Sheeran a Serviço da Máfia,
de Charles Brandt
O presidente dos EUA foi assassinado em 22 de novembro de 1963. A versão
oficial diz que foi trabalho de um homem só, mas investigações apontam um
complô
1. Kennedy estava na cidade de Dallas para um comício. Do aeroporto,
ele foi direto para uma limusine conversível, acompanhado pela esposa,
Jacqueline, pelo governador do Texas, John Connally, e sua esposa, Nellie, e
também pelo motorista e por um segurança. Às 12h29, a limusine entrou na Praça
Dealey
2. Em 1964, a Comissão Warren, montada para investigar o caso,
concluiu que o presidente foi morto por dois tiros disparados às 12h30 por Lee
Harvey Oswald, assassino que teria agido sozinho. Porém, em 1976, uma
investigação da Comissão Investigadora da Câmara dos Representantes dos EUA
concluiu que o assassinato foi uma ação de Oswald e mais dois atiradores
3. O primeiro atirador estava no 2o andar do prédio
Dal-Tex. O segundo (Oswald), no 6o andar do prédio Texas School
Depository. O terceiro, na área gramada. O primeiro tiro teria atingido JFK
pelas costas e saído pela garganta. O segundo tiro atingiu Connally nas costas,
saiu pelo seu peito e se alojou em sua coxa. Obs.: o tempo indicado na
imagem para cada tiro (em segundos e milissegundos) se refere à minutagem do
vídeo amador que gravou o atentado
4. Os dois próximos tiros ocorreram com apenas um décimo de segundo
entre eles. O terceiro atingiu o presidente na parte de trás da cabeça, saindo
e atingindo o para-brisa. Um fragmento dessa bala ainda atingiu Connally no
pulso direito. O quarto, vindo do gramado, atingiu o presidente no rosto, no
mesmo lugar por onde o terceiro saiu.
5. Kennedy chegou vivo ao hospital, porém foi declarado morto às
13h33. Oswald, visto por testemunhas, foi perseguido e preso às 13h50. Embora a
versão oficial do crime seja a da Comissão Warren, o relatório da Comissão
Investigadora apontou que o assassinato “foi resultado de uma conspiração” e
que “o crime organizado teve participação no processo” (veja os motivos no
boxe)
6. Coube à Máfia a queima de arquivo. Dois dias após ser preso,
acusado pelo homicídio, Oswald foi assassinado na sede da Polícia de Dallas
enquanto era transferido para uma prisão de segurança máxima. No momento em que
era escoltado, ele foi abordado por um atirador, que, em frente às câmeras de
TV, o matou com um revólver
I. VINGANÇA
II. DINHEIRO
Fidel Castro subiu ao poder em 1959 e fechou os cassinos de Cuba, que
eram administrados pela Máfia. Os mafiosos queriam que JFK derrubasse Fidel. No
entanto, após o fracasso da invasão da Baía dos Porcos, em 1961, ele preferiu
diplomacia. A continuidade do regime deixou os mafiosos furiosos
III. POLÍTICA
Outra instituição descontente era a CIA, que queria o cubano fora do
jogo. Os crentes na teoria argumentam que foi a CIA que executou o plano, com a
ajuda da Máfia. A culpa seria – e foi – colocada em um fanático comunista
(Oswald). Tudo isso criaria um cenário propício para uma invasão a Cuba
O mais provável é
que a conspiração seja verdade
– Jack Ruby, o homem que matou Oswald, disse ter
agido por raiva. Porém o mafioso Sam Giancana contou em biografia que ele mesmo
convocou Ruby para matar Oswald. Ruby já havia prestado serviços à Máfia e
colaborado com a CIA na invasão da Baía dos Porcos
– Sam Giancana também revelou que Oswald trabalhava
para a CIA, foi treinado como espião na União Soviética e tinha ligações com a
Máfia. Quando voltou aos EUA, em 1962, Oswald costumava militar a favor do
regime cubano. Isso seria, na verdade, uma orientação da CIA para pintá-lo como
um comunista fanático
– Apesar das investigações da Comissão Investigadora,
a própria família Kennedy teria pedido para abafar o caso, já que a publicidade
de uma suposta relação com a Máfia poderia prejudicar sua reputação.
– Ainda na década de 1970, o senado norte-americano chegou a ampliar a
investigação e convocou diversos gângsteres para depor. No entanto, nenhum
deles compareceu. Muitos, incluindo Sam Giancana, foram assassinados
– Em 1992, o jornal New York Post afirmou que
mafiosos como Jimmy Hoffa, Santo Trafficante e Carlos Marcello participaram de
tudo. O advogado de Giancana teria repassado a informação do plano a eles
FONTES (Blog Genivaldo Abreu) Relatório
da Comissão Investigadora da Câmara dos Representantes dos EUA, relatório da
Comissão Warren; livros Double Cross: The Explosive Inside Story of the
Mobster Who Controlled America, de Sam Giancana e Chuck Giancana, Bound
by Honor: A Mafioso’s Story, de Bill Bonanno, Honra Teu Pai, de
Gay Talese, e O Irlandês: Os Crimes de Frank Sheeran a Serviço da Máfia,
de Charles Brandt
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