Quem sou eu
- Valmir Abreu
- 1. Bacharel em Gestão de RH pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. 2 . Pos graduação em Adm Pública (Cursando) 3. Portador da comenda "Simão Estácio da Silveira" concedida pela Câmara municipal de São Luis MA. 3. Atualmente exerce assessoria parlamentar ao Deputado Estadual Raimundo Cutrim - PCdoB.
Diretoria do Fórum da Baixada

Audiência Assembleia Legislativa
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
O RETRATO DE UM OPORTUNISTA
Em meio aos rincões mais sofridos do nosso Estado, onde a
vulnerabilidade social é gritante e a voz dos mais necessitados
encontra-se abafada pela falta de acesso à educação e
oportunidades, surge a figura de político que personifica o
oportunismo. Cidadão, ciente das dificuldades que assolam as
comunidades mais carentes, utiliza sua posição de médico,
profissão que naturalmente inspira confiança, para
transformar a pobreza e a fé do povo em trampolins para seus
próprios interesses políticos.
O pequeno município de São Pedro dos Crentes, com população reduzida, grande parcela
de analfabetos e profundamente religiosa, que o então médico da cidade, decidiu lançarse na política.
Valendo-se da influência que sua profissão lhe concedia, candidatou-se a
prefeito e, com apenas 1.856 votos, alcançou a vitória. O que para muitos poderia parecer
uma conquista democrática revela, na verdade, uma estratégia calculada: explorar as
fragilidades de uma população desassistida para conquistar o poder.
Durante seu mandato, o discurso de comprometimento com as causas populares revelouse apenas mais uma fachada.
Ao invés de investir na transformação estrutural da cidade
ou na emancipação de seu povo, a prioridade foi consolidar sua imagem e preparar terreno
para voos mais altos. Reeleito pela mesma lógica, abandonou o cargo para buscar novos
horizontes políticos, movido mais pela ambição do que pela responsabilidade de quem se
comprometeu a servir.
Agora, em mais um capítulo dessa trajetória, o mesmo político volta a utilizar sua
estratégia conhecida: mira a cidade de Marajá do Sena - mais pobre do Estado, onde as
feridas da desigualdade estão mais expostas.
Nessa nova arena, busca lançar sua précandidatura ao governo do Maranhão para 2026, aproveitando-se novamente da carência
de um povo que anseia por líderes verdadeiramente comprometidos com suas demandas.
É impossível ignorar o padrão. Este não é o retrato de um líder que transforma
dificuldades em oportunidades para a coletividade, mas de alguém que manipula a miséria
alheia como ferramenta para alimentar suas próprias ambições. Em vez de agir como um
instrumento de mudança, torna-se um perpetuador do sistema que aprisiona as pessoas
em condições sub-humanas.
A política, quando usada de maneira tão perversa, deixa de ser um meio de servir e passa
a ser um caminho de exploração. É fundamental que a sociedade esteja atenta a esses
movimentos e não permita que a esperança de quem mais precisa seja usada como moeda
de troca para projetos pessoais. O Maranhão, rico em cultura, história e força popular,
merece líderes que enxerguem o povo como fim, e não como meio.
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